terça-feira, 1 de abril de 2008

O Meu Primeiro Autógrafo

No passado Domingo dei o meu primeiro (e provavelmente último) autógrafo :)

Um estudante que está a fazer um trabalho sobre Kakfa e que foi ver a peça para o ajudar na sua demanda pediu à produtora se podia ter um autógrafo de todo o elenco. Ora, como a Joana faz parte do elenco, também teve direito a assinar o livrinho do moço.

Da experiência, retirei algumas conclusões:

1. Tem o seu quê de engraçado, apesar de não ser nada do outro mundo
2. É mais giro que assinar as cartas que envio aos clientes no trabalho
3. Não criatividade nenhuma para dar autógrafos~



Posto isto, aproveito ainda para informar os interessados, que a Metamorfose parte agora para uma nova fase. De 9 a 13 de Abril poderão deslocar-se ao Teatro da Politécnica, caso queiram assistir a uma maravilhosa sessão de teatro, onde se destaca claramente a performance de Joana Barros no papel de Anna: a criada sarcástica.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Mudanças

Aqui há uns anos, era eu ainda uma feliz e inocente estudante, foi editado um famosíssimo livro, intitulado “Quem Mexeu no Meu Queijo”. Eu, juntamente com todos os elementos da minha família, recebi um exemplar, oferecido pelo meu tio Carlos, que desempenha cargos de direcção em empresas há largos anos.

Na altura, enquanto estudante, penso não ter passado da décima página (coisa rara em mim deixar um livro ainda no seu começo. Em meu abono, há que dizer que o livro teria umas 60 páginas, pelo que em termos de percentagem nem ficou assim muito mal).

Simplesmente, o livro não me disse nada. Falava do mundo do trabalho e em como a mudança era a única coisa certa nesta vida. Enquanto estudante académica, que aguarda confortavelmente a época dos exames, pouco interesse tive na coisa.

Hoje tenho alguma vontade de tirar esse livro da prateleira e lê-lo, na esperança de retirar alguma coisa útil, que me ajude a sobreviver na selva.

No espaço de 5 meses, vou mudar de novo de chefe. E mais uma vez, o aviso foi dado com curta antecedência. Faz parte, não há nada a fazer, bem sei.

Mas não deixa de ser assustador e inquietante pensar que, daqui a 15 dias, terei de lidar novamente com uma pessoa nova no meu dia-a-dia. Uma pessoa que influência directamente o meu trabalho.

E os mais próximos bem sabem como foi difícil adaptar-me à mudança da última vez. Parece que é quando eu me começo a sentir confortável com a maneira de funcionar das pessoas, quando começo a conseguir apreciar as suas qualidades e minimizar os seus defeitos, que as coisas dão uma volta de 180 graus.

E é claro que não ajuda à ansiedade continuar nesta empresa, onde já estou praticamente desde Julho, com uma paragem em Setembro por interesse deles, em trabalho temporário.

Para além da insegurança deste tipo de contratos, perco regalias valiosas – o seguro de saúde pela empresa (minimizado por uma mãe médica com bons conhecimentos) e as férias.

Porque de acordo com a mentalidade desta empresa, um trabalhador temporário, mesmo que esteja em funções há quase um ano, não deve trabalhar como os outros porque não tem direito a férias.

Resta o consolo, que não é pequeno, de sempre que um chefe parte, elogiar bastante o meu trabalho e garantir que deixei uma boa impressão. Frequentemente, tentam até procurar algo melhor para mim.

Raras vezes a mudança é fácil. Umas vezes é para melhor, outras para pior.
Tenho pensado muito em como vai ser o meu futuro, com um novo chefe e sem direitos que considero fundamentais à actividade de qualquer trabalhador.

Ando a tentar que a mudança seja para melhor. Ter algo a que me agarrar. Não sei se vou conseguir.

Mas sei que a mudança está a chegar.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A dúvida recorrente

Ontem deitei-me com uma dúvida recorrente na cabeça: e se aos 18 anos tivesse feito tudo diferente? Já com essa idade achava que somos “obrigados” a decidir cedo de mais o nosso futuro. Hoje em dia, tenho a certeza que se tivesse esperado, ou “perdido”, um ou dois anos, o resultado teria sido bem melhor.

Quando acabamos o secundário somos pressionados pela sociedade a não parar. “E agora?”, “Vais trabalhar ou vais para a Universidade?”. “Já sabes o que vais ser, o vais fazer com a tua vida?”.

Eu decidi jogar pelo seguro. Fiel ao meu medo do radical e a da incerteza, entrei para a universidade, para o curso de Relações Internacionais com a (ingénua) esperança de que este me ia abrir portas, não para uma carreira de sonho, mas para um emprego relativamente interessante.

Expectativas claramente goradas.

Claro que tenho dezenas de colegas que se vêem em situações idênticas à minha, que também tiraram um curso com fraquíssimas saídas profissionais (uns trabalham a recibo verde; outros trabalham em lojas; uma parte está desempregada; alguns estão como eu em funções claramente abaixo das suas capacidades e instrução). Toda a gente lê e vê as mesmas reportagens que eu, por isso não vale a pena explorar muito o assunto.


Somos sete cães a um osso e só assim se explica que, tendo tirado o curso que tirei, tendo-me especializado em jornalismo e tendo trabalhado em praticamente todo o tipo de “media” só seja chamada para entrevistas como secretária.

O problema não é falta de capacidades, bem sei, é falta de oportunidades.

Mas, ao contrário de alguns desses meus colegas, não lamento não ter seguido medicina, informática, gestão ou engenharia, os pequenos oásis no deserto profissional português.

Não lamento porque sei que não tenho vocação nenhuma para qualquer uma dessas profissões. Provavelmente nem passava do primeiro ano de faculdade e, caso se desse o milagre de me formar, seria uma terrível profissional.

Agora, há uma coisa que hei de sempre lamentar não ter tentado. Porque é que não tentei o maldito conservatório se não há nada que me dê mais prazer do que vestir outras peles?

Quis seguir o caminho seguro e agora estou aqui. Nunca saberei se acabaria uma actriz desempregada ou se teria o talento e sorte necessárias para fazer coisas realmente interessantes.

Nem sei se me habituaria ao modo de vida tão itinerante e incerto de um artista.

Vão-se os anéis, ficam os dedos…

Dentro de pouco tempo vou saber se continuo no emprego onde estou ou se vou ter de sair. Posso vir a ficar desempregada mas, caso fique, garanto que vou tentar vez tirar o maior proveito dessa situação. Vou tentar, nem que seja pela ultima vez, vingar finalmente numa área de que goste.

Caso não consiga, mais empregos como secretária hão de estar à minha espera.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Wear Sunscreen*

* by Baz Luhrmann


Ladies and Gentlemen of the class of ’99
If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be
it.

The long term benefits of sunscreen have been proved by
scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable
than my own meandering experience…

I will dispense this advice now. Enjoy the power and beauty of your youth; oh nevermind; you will not understand the power and beauty of your youth until they have faded.

But trust me, in 20 years you’ll look back at photos of yourself and
recall in a way you can’t grasp now how much possibility lay before
you and how fabulous you really looked….You’re not as fat as you
imagine.

Don’t worry about the future; or worry, but know that worrying is as
effective as trying to solve an algebra equation by chewing
bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that
never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm
on some idle Tuesday.

Do one thing everyday that scares you.

Sing.

Don’t be reckless with other people’s hearts, don’t put up with
people who are reckless with yours.

Floss.

Don’t waste your time on jealousy; sometimes you’re ahead, sometimes
you’re behind…the race is long, and in the end, it’s only with
yourself.

Remember the compliments you receive, forget the insults; if you
succeed in doing this, tell me how. Keep your old love letters, throw away your old bank statements.

Stretch.

Don’t feel guilty if you don’t know what you want to do with your
life…the most interesting people I know didn’t know at 22 what they
wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year
olds I know still don’t.

Get plenty of calcium. Be kind to your knees, you’ll miss them when they’re gone.

Maybe you’ll marry, maybe you won’t, maybe you’ll have children,maybe
you won’t, maybe you’ll divorce at 40, maybe you’ll dance the funky
chicken on your 75th wedding anniversary…what ever you do, don’t
congratulate yourself too much or berate yourself either – your
choices are half chance, so are everybody else’s.

Enjoy your body, use it every way you can…don’t be afraid of it, or what other people think of it, it’s the greatest instrument you’ll ever
own..

Dance…even if you have nowhere to do it but in your own living room.

Read the directions, even if you don’t follow them.

Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.

Get to know your parents, you never know when they’ll be gone for
good. Be nice to your siblings; they are the best link to your past and the
people most likely to stick with you in the future. Understand that friends come and go,but for the precious few you
should hold on.

Work hard to bridge the gaps in geography and
lifestyle because the older you get, the more you need the people you
knew when you were young.

Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live
in Northern California once, but leave before it makes you soft.

Travel.

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will
philander, you too will get old, and when you do you’ll fantasize
that when you were young prices were reasonable, politicians were
noble and children respected their elders.

Respect your elders.

Don’t expect anyone else to support you.

Maybe you have a trust fund,
maybe you have a wealthy spouse; but you never know when either one
might run out.

Don’t mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will
look 85. Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who
supply it.

Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of
fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the
ugly parts and recycling it for more than
it’s worth.

But trust me on the sunscreen…

quarta-feira, 19 de março de 2008

E já agora...

Conselho do dia:

"Evita argumentar com um Barros"

Os signos e .... Socorro!

Às vezes dou por mim, em conversas de circunstância, a dizer:

"És balança? A minha mãe também."

Ou coisas muito piores, como:

"pois, ele é leão, não me dou bem com pessoas do mesmo signo que eu".

Não, Não... eu não acredito nestas coisas dos signos!

Cepticismo, volta!

Ou será que simplesmente comecei a preocupar-me, assim de repente, em não ferir as susceptibilidades de quem acredita?

quarta-feira, 12 de março de 2008

Eu Vou Comprar

"Vitalino Canas, o provedor do trabalhador temporário, prepara-se para lançar um livro destinado a apoiar os trabalhadores que recorrem a este sistema de emprego. Os direitos e cuidados que um profissional temporário deve ter, as recomendações do provedor e uma compilação de endereços úteis para quem sobrevive trabalhando temporariamente compõem o livro ‘Direitos do Trabalhador Temporário', editado pela Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE).

“As condições do mercado e da economia têm conduzido a que cada vez haja mais trabalhadores temporários, tanto em Portugal como no estrangeiro”, argumenta Vitalino Canas, reforçando a ideia de que “este é um sector muito importante que gera riqueza, cria emprego e constitui uma porta de entrada ou re-entrada no mercado de trabalho para muita gente”. Razão pela qual o provedor considera importante reforçar os direitos e as garantias dos trabalhadores temporários e regulação do sector.

É neste âmbito que é lançada a 10 de Março, no Centro Cultural de Belém, esta compilação de direitos, mas também de deveres, em conformidade com as normas consignadas na Lei do Trabalho Temporário e no Código do Trabalho. Para o presidente da APESPE (entidade que edita o livro), Marcelino Pena Costa, a edição desta obra reveste-se de particular importância, “assim como a criação da figura do provedor do Trabalhador Temporário, visto que há muito que ensaiamos modelos de auto-regulação, umas vezes com sucesso, outras com menos sucesso”.

De salientar que as recomendações do provedor são obrigatórias para as empresas de trabalho temporário aderentes (e que têm por isso um certificado de qualidade). Para as demais entidades, Vitalino Canas realça: “as recomendações não são obrigatórias, mas o provedor utilizará todos os meios de persuasão ao seu dispor para as convencer a seguir as suas recomendações, particularmente aquelas que visam garantir os direitos dos trabalhadores temporários”.

O provedor exerce as suas funções com base nas queixas apresentadas, por escrito, pelos trabalhadores temporários, no prazo máximo de 20 dias após a ocorrência do facto. As recomendações do provedor são emitidas em 30 dias, depois de uma apreciação preliminar da queixa. Todas as recomendações são comunicadas à empresa de trabalho temporário e ao queixoso e delas pode ser dado conhecimento a qualquer entidade pública inspectiva, ou outra que se mostre relevante para o acompanhamento e solução do problema. Uma actuação que procura minimizar os casos de fraude e incumprimento legal associados ao trabalho temporário e garantir o cumprimento dos direitos dos trabalhadores que agora têm acesso a mais informação."

In clix.expressoemprego.pt